A ideia sobre o que é a morte para cada um de nós é criada através das experiências que temos ao longo da vida. No caso das crianças, a idade, o desenvolvimento emocional e até o ambiente podem influenciar como elas entendem essa etapa da vida.

Para crianças de até 3 anos, por exemplo, a morte ainda tem muito pouco significado. Elas podem se sentir ansiosos e ficar com medo quando sentem que as pessoas ao seu redor estão tristes, deprimidas, com medo ou com raiva após o falecimento de alguém querido. E, muitas vezes, podem não entender os termos "morte" e "para sempre".

Já crianças a partir de 5 anos têm uma compreensão mais realista sobre o assunto. Embora a morte possa aparecer personificada como um anjo, esqueleto ou fantasma, essa faixa etária começa a entender a despedida como algo permanente.

Atualmente, muitos desenhos animados, filmes, videogames e até livros estão repletos de imagens que retratam a morte como algo reversível ou até assustador. Isso pode acabar confundindo a cabeça dos pequenos em alguns momentos.

Além disso, a experiência das crianças também é influenciada pelo seu entorno. A maneira com que a família se comporta com o Luto é perceptível para os pequenos. Muitos adultos, na tentativa de protegerem as crianças, escondem o ocorrido ou os próprios sentimentos diante da perda.

Acontece que os pequenos continuam sentindo a falta, a saudade e a dor da mesma forma, talvez apenas de forma mais solitária.

Por isso, apesar de ser uma conversa difícil, falar sobre a morte como parte da vida pode ajudar e até amenizar um pouco o medo e a confusão que são associados a ela.

Alguns psicólogos indicam que, antes mesmo das crianças passarem pela experiência da perda e do luto, o diálogo sobre a morte já deve ser natural. Para isso, pais e responsáveis podem lançar mão de diversos livros infantis especializados no assunto que darão suporte e direção no início da conversa.

A ideia de finitude não precisa ser elaborada apenas quando a morte acontece. Afinal, é um conceito que permeia a nossa vida de diversas maneiras e normalizá-lo também é uma parte saudável que contribui para o nosso crescimento e desenvolvimento da inteligência emocional.

A verdade é que cada um de nós constrói o próprio conceito de morte, mas quanto mais houver diálogo, compreensão e honestidade, mais preparados emocionalmente todos estaremos para viver o nosso próprio caminho.

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Acesse o artigo a seguir e conheça três formas de ajudar as crianças a elaborarem o Luto Infantil.


Fontes:

https://www.scielo.br/j/prc/a/w8xdHGLRwh5mKHqzTYNMSNf/?lang=pt

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