A nossa identidade começa a ser formada ainda na infância, ela é resultado de todos os ensinamentos, experiências e pessoas que passam pela nossa vida.

Ela não é algo que construímos conscientemente, ela simplesmente se forma. No dia a dia, somos moldados pela vida sem perceber. Ao crescermos, nos acostumamos com um certo jeito de lidar com situações cotidianas e até uma maneira única de olhar as coisas.

Até que algo acontece e abala toda a organização de quem somos. E não existe nada, que abale mais as nossas certezas do que a partida de algo ou alguém que amamos.

Diante de grandes ou pequenos Lutos, é mais do que normal sentir que existe algo dentro de você que não permanece o mesmo.

Afinal, se existe uma experiência que nos faz reavaliar as nossas prioridades e entender a brevidade da nossa vivência, ela é o Luto.

Por isso, se você já acordou sentindo que não era a mesma pessoa, saiba que é normal. As coisas demoram um tempo para se reorganizar dentro de nós após uma despedida dolorosa de algo ou alguém que é muito especial para nós.

A Identidade Relacional

Grande parte da nossa identidade é consequência das relações que cultivamos com outras pessoas. Podemos ser, ao mesmo tempo, mãe/pai, esposa/marido, irmã/irmão e assim por diante. Quando a outra parte da conexão, nosso elo com a identidade, falece, normalmente sentimos ter perdido a conexão com a identidade.

Por exemplo, é comum em caso de viúvas que elas se peguem pensando frequentemente “Quem sou eu, se não esposa?”.

E o que podemos fazer sobre isso?

Não existe uma resposta correta e nem fácil. Grande parte da reconstrução da nossa identidade após a perda se baseia em entender que ela não voltará a ser como antes. Isso não quer dizer que você vai deixar de ser a pessoa que era completamente.

Quem você foi sempre vai fazer parte do seu alicerce e da ressignificação da pessoa que você vai se tornar. 

Lembre-se que você também pode trazer o passado para o presente.

Enxergar a nossa vida, daqui a para a frente, também nos impulsiona a reorganizar nossas próprias vontades e desejos para encontrar alegria, paz e felicidade.

É verdade que as nossas perdas e o que sentimos saudade moldam a maneira que existimos do mundo e o que buscamos. Mas, elas moldam também o significado da felicidade para nós.

Manter uma conexão com as pessoas que você ama e com quem você costumava ser pode ser uma parte saudável do processo de cura.

Você já passou por alguma experiência assim? Conte para nós nos comentários.

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