Quantas vezes você teve vergonha das suas lágrimas? E segurou o choro por não querer constranger outras pessoas?

Passar pelo luto pode ser sufocante em uma sociedade em que chorar e ser vulnerável nem sempre é bem vindo.

Quando estamos em processo de Luto, é comum sentir o julgamento alheio de quem acha que pode controlar o tempo da nossa dor.

Um simples comentário pode causar um silêncio absoluto. É comum sentir que até a recordação da pessoa amada significasse que estamos presos ao passado, quando, na verdade, é uma expressão de amor e lembrança.

Afinal, é impossível esquecer de alguém que nos deixou tantas coisas bonitas para lembrar.

Essa situação afeta todos nós, mas pode ser especialmente dolorosa para os homens.

Desde pequenos, os meninos são obrigados a conviver com as frases “homem não chora” e “homem precisa ser forte”.

Essas situações, aos poucos, aprisionam e limitam o curso natural do processo de Luto.

A maneira como a sociedade é construída, desde muito cedo, gera sentimentos de rejeição e isolamento para muitas pessoas, que se sentem mal em mostrar a sua dor mesmo, até mesmo, para os amigos mais próximos.

Muitos homens, quando passam pelo Processo de Luto, tiveram experiências traumáticas com a vulnerabilidade. No momento em que permitiram abrir o coração, foram cerceados da liberdade de sentir. Como se suas lágrimas fossem fonte de constrangimento para as pessoas ao seu redor.

É preciso que todos tenham a permissão para sentir e não sejam julgados por isso.

Já que abraçar a sua totalidade e os sentimentos é parte central de qualquer transformação interna.

Além de ser um dos atos de coragem mais nobres que existem.

Queremos ajudar de alguma forma, pois ver o auto isolamento de quem amamos é doloroso para nós.

Para quem enxerga de fora, a impossibilidade de fazer isso também causa muito sofrimento.

De alguma forma, existe uma maneira: acreditamos que, do mesmo jeito, que conceitos são construídos, podem ser desconstruídos também.

Por isso, vamos ajudar a desconstruir a ideia de que é errado falar sobre a morte, independente de quem você seja.

Que a mudança comece através do diálogo.

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