O amor está no ar. Aquele sentimento que brota do fundo do coração junto com um desejo incrível de felicidade. Mas com tantas possíveis definições de amor, como falar deste sentimento sem se perder apenas no romantismo das novelas? Nos tempos modernos, o amor ganhou destaque por se tornar romântico, mas essa é apenas uma das indefiníveis formas de amar. Hoje em dia, percebemos que o amor é uma construção das convivências sociais. Deste modo, cada vez mais as pessoas se permitem amar das mais diferentes formas.

Talvez, as grandes distorções de nossa sociedade se dão quando o amor precisa enfrentar o julgamento alheio. Aplicar a todos os indivíduos, humanos, diferentes por natureza, ricos em suas complexidades, um único padrão para seu sentimento é a maneira mais cruel e irracional de aceitação de nossa espécie.

Não entender o amor do outro não significa, também, que somos incapazes de aceitá-lo. Ou melhor, de não rejeitá-lo. Paremos um pouco para refletirmos, quando amamos alguém e permitimos nosso corpo se aventurar nas felicidades deste sentimento, não estamos esperando a compreensão de ninguém. Talvez, o julgamento do amor alheio não passa da própria incapacidade do ser de entender o seu próprio processo de amar.

Então ame! Ame o outro, ame você. Pratique o amor próprio, comece a gostar de sua companhia, a se divertir consigo mesmo. Se permita pensar, chorar, se perca em seus pensamentos e se conheça por completo. Quando menos esperar, já estará se amando e pronto para distribuir esse amor, sem julgamento, sem preconceito.

Talvez, por essa razão, a única constância referente ao amor é que se trata se um sentimento livre. Um sentimento que não cabe o julgamento de certo ou errado, não cabe avaliação. O amor pertence ao próprio ser que ama.

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